ONU recomenda maior atenção a serviços públicos, especialmente na educação e que deem fortes respostas à corrupção, desigualdade social e desemprego
O Brasil tem a segunda maior taxa de homicídios da América do Sul: são 30,5 casos para cada 100 mil habitantes. Nosso país só fica atrás da Venezuela, onde a taxa é de 56,8 homicídios a cada 100 mil habitantes. Para se ter uma ideia da gravidade do problema, a média no mundo todo é de 6,1 homicídios para cada 100 mil pessoas.
Os dados são de um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado nesta segunda-feira (8). O documento mostra que, entre 1991 e 2017, 1.200 milhão de pessoas perderam a vida no Brasil por homicídios dolosos, em que existe a intenção de matar. De acordo com o relatório, durante todos esses anos o crime organizado esteve e ainda está ligado a muitos destes casos de homicídios.
Homens jovens, entre os 15 e os 29 anos de idade, são os que mais correm risco de sofrer homicídios no mundo. Mas as mulheres continuam sofrendo com assassinatos cometidos por parceiros ou familiares, e muitas vezes esses casos nem são relatados.
A ONU afirma que, além do crime organizado, outros fatores que agravam ainda mais o problema dos homicídios são a disponibilidade de armas de fogo, as drogas e o álcool, a desigualdade social e o desemprego. Por isso, a organização das nações unidas recomenda aos países que invistam em serviços públicos, especialmente na educação e que deem fortes respostas à corrupção.
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