quarta-feira, 31 de julho de 2019
DESDE QUE A OPINIÃO PÚBLICA DESCOBRIU AS MENSAGENS TROCADAS ENTRE SÉRGIO MORO E DELTAN DALLAGNOL CHEGOU-SE A CONCLUSÃO: Não houve eleição e não há presidente segundo o EL PAÍS BRASIL.
O que vimos foi simplesmente um processo sem condição alguma de preencher critérios básicos de legitimidade. Ou seja, uma farsa.
Desde que a opinião pública brasileira descobriu a natureza das mensagens trocadas entre o então juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol ficou claro que não houve nada parecido a eleições minimamente legítimas no ano de 2018. O que vimos foi simplesmente um processo sem condição alguma de preencher critérios básicos de legitimidade. Ou seja, uma farsa, mesmo para os padrões elásticos da democracia liberal.
Como todos sabem, as mensagens demonstraram algo cuja descrição correta só pode ser uma rede de corrupção envolvendo membros do poder judiciário. Pois é corrupção do estado toda ação feita tendo em vista a distorção de procedimentos legais para benefício próprio. O sr. Moro e seus asseclas utilizaram dinheiro público como se fosse privado (no caso do pedido do sr. Dallagnol para uso de 38.000 reais da 13ª Vara para o pagamento de campanha publicitária), aproveitaram-se financeiramente da condição de servidores públicos com informações privilegiadas (ao, em meio a processo envolvendo alguns dos maiores agentes econômicos nacionais, serem pagos em palestras milionárias), tentaram tomar para si a gestão de 2,5 bilhões de reais da Petrobras por meio da criação de uma fundação privada: tudo em nome ao combate à corrupção.
Como se isto não bastasse, o sr. Moro foi flagrado “melhorando provas”, agindo juntamente com procuradores para fazer do julgamento de um dos mais importantes casos da política brasileira uma simples encenação. Pois todos, independente de quem sejam, têm o direito a um julgamento justo e imparcial. Mas isto não aconteceu no caso que estava sob sua jurisdição.
Seus apoiadores afirmam que era necessário “quebrar as regras” para conseguir enfim combater o pior de todos os males que assola esse país desde o momento que suas terras foram invadidas por portugueses, a saber, a corrupção. No entanto, ninguém precisa acreditar nessa história cínica. Na verdade, o sr. Moro quebrou todas as regras possíveis para benefício próprio, ou seja, para prender o candidato à Presidência que impedia seu próprio projeto pessoal de se tornar presidente em 2022. Ninguém que tem interesse pessoal em um processo pode ser o juiz do mesmo. Mas como ninguém parou o sr. Moro, ele pode ser agora catapultado para o centro da política brasileira pelas mãos de um político que ele, mais do que ninguém, elegeu ao tirar o primeiro colocado de circulação, ao alimentar o noticiário com notícias construídas tendo em vista o calendário eleitoral. Que ninguém se engane. Este senhor já está em campanha, sua mulher já está em campanha, seus apoiadores já estão em campanha.
Por outro lado, não precisou mais do que sete meses para o Governo que ele ajudou a eleger demonstrasse sua própria rede de corrupção. Casos de financiamento ilegal no partido deste que ocupa a Presidência, envolvimento de seu filho senador em desvios de verba de gabinete, envolvimento de sua família com milícias. A lista não é pequena.
Diante deste cenário, basta juntar os pontos para tirar as reais consequências. O que vimos no ano passado foi uma eleição fraudada, viciada, montada em todas as peças para ter o resultado que teve. Não há razão alguma para respeitá-la. Uma eleição real pede partidos livres, possibilidade de todos se candidatarem e não interferência de poderes extra-eleitorais nos processos em curso. Não há eleição real quando se escolhe quem pode e quem não pode concorrer.
O Brasil segue sem presidente. Quem está no poder sabe tanto disto que sequer finge governar para a maioria do povo brasileiro. O sr. Bolsonaro governa para os porões da caserna de onde saiu, além de governar para consolidar a mobilização dos 30% da população brasileira que seguirão lhe apoiando. Ele sabe que este é seu teto.
Seu ato sórdido de falar sobre um desaparecido político na cadeira de um barbeiro contando a história de seu pretenso justiçamento por membros da luta armada, quando todas as informações do estado mostram seu assassinato sob tortura não é “mais uma derrapada”. É um ato de governo pensado e encenado. É a sua real concepção de governo e que consiste em mudar paulatinamente o centro dos limites do intolerável. Os que dizem que “são só palavras” não entendem nada sobre o que palavras realmente são. Palavras são o que temos de mais real, pois sua circulação autoriza ações, violências, afetos e túmulos.
Dividir para crescer
No entanto, Bolsonaro sabe ainda algo mais. Algo que seus opositores não sabem ou parecem não querer saber: que enquanto não houver incorporação efetiva da maioria que não lhe apoia em um processo comum, os 30% que lhe apoiam serão mais do que suficiente para ele continuar no governo. Se há algo que deve nos preocupar não é exatamente o que faz o sr. Bolsonaro, mas o que nós não fazemos.
Há algumas semanas, o país viu a maior derrota da história da classe trabalhadora brasileira desde o início da ditadura militar. A reforma previdenciária aprovada em primeiro turno na Câmara não é mero ajuste, mas a mudança estrutural das relações trabalhistas no país. Apenas para ficar em um de seus pontos. Enquanto a idade mínima para homens aposentarem passou para 65 anos, estados como Maranhão, Piauí e Alagoas têm expectativa de vida masculina em torno de 67 anos. Nos bairros pobres da cidade de São Paulo, como Cidade Tiradentes, Jardim Ângela, Anhanguera, Grajaú, Iguatemi a expectativa de vida varia de 54 a 57 anos. Na verdade, 36 dos 96 distritos paulistanos têm expectativa de vida abaixo de 65 anos. Ou seja, essas pessoas simplesmente não irão se aposentar mais. Elas estão condenadas a parar de trabalhar apenas no momento em que se aprontarem para a morte.
Mas a reforma passou, em seu primeiro embate, com um silêncio tumular vindo da oposição. É em relação a isto que devemos estar realmente preocupados. No momento em que foi necessário um processo comum (já que todos serão, de alguma forma, afetados), não havia nada capaz de produzi-lo. Onde estávamos e o que realmente nos mobiliza neste momento? Todos deveriam fazer uma autocrítica honesta, não apenas partidos e sindicatos, mas todos, isto se não quisermos ser tragados por movimentos desta natureza mais uma vez. Enquanto a capacidade de produção de força comum estiver fora de nosso alcance, continuaremos a perder.
Isto pode parecer com mais um chamado em nome da “unidade”. Mas valeria a pena precisar melhor esse ponto. Por mais paradoxal que isto possa parecer, talvez precisemos agora de divisão para unir, e não de união. É claro que essa operação parece um contrassenso para os que acham que a política anda na mesma via dos sinais matemáticos. Mas, a despeito de seu estranhamento, ela faz todo sentido.
Há certas situações nas quais é necessário dividir para crescer. A oposição brasileira até agora sonhou com uma união em cima do nada. Ela não definiu as rupturas que quer tomar para si, o horizonte de suas novas lutas. Tentará ela ser, mais uma vez, o “good cop” do capitalismo brasileiro ou estará enfim disposta a vocalizar rupturas até agora não tentadas? Será ela o arauto do retorno a uma democracia que nunca existiu entre nós ou assumirá enfim o desafio de romper e criar o que até agora não existiu? Pregará ela o evangelho da “integração para todos” e do respeito a uma emancipação de indivíduos proprietários ou estará disposta a ser a força de desintegração que nos levará para fora do universo de propriedades?.
FONTE -
https://brasil.elpais.com/brasil/2019/07/30/opinion/1564520568_228934.html?%3Fssm=FB_BR_CM&hootPostID=8fca26f863ba1723cbd423992d569d96
terça-feira, 30 de julho de 2019
Bolsonaro inicia desmonte do Banco do Brasil com programa de demissão e redução de cargos e agências
Em comunicado à imprensa feito nesta segunda-feira (29), o Banco do Brasil iniciou o processo de desmonte proposto pelo governo Jair Bolsonaro com um programa de demissão dos funcionários e medidas como redução de cargos e agências. Em maio, nos EUA, o ministro da Economia, Paulo Guedes, falou que a intenção é fundir o BB com o Bank of America.
“Dentre as ações aprovadas, constam a revisão e o redimensionamento da estrutura organizacional do BB nos níveis estratégico (direção geral), tático (superintendências), de apoio (órgãos regionais) e de negócios (agências)”, diz a nota.
Na prática, o BB vai transformar 333 agências em Postos de Atendimento, além da abertura de “plano de desligamento incentivado”, que começa a negociar a demissão dos funcionários a partir desta terça-feira (30).
“Funcionários localizados em dependências com excesso no quadro podem aderir a um plano de desligamento incentivado, a partir desta terça-feira, 30, e até 14 de agosto”, declara o comunicado.
O banco ainda implantou o que chama de Programa de Adequação de Cargos, que deve enquadrar os funcionários que não pedirem demissão.
“Quem não tiver interesse em se desligar, será priorizado no processo de preenchimento das vagas e aqueles que perderem a função manterão sua renda pelo período de 120 dias”, diz o BB, sinalizando que pode reduzir o valor do salário de funcionários que não pedirem demissão.
Entre março de 2017 e março de 2019, o BB reduziu o número de funcionários de 100 mil para 96,6 mil. O total de agências tradicionais caiu de 4.436 para 4.096. As agências digitais e especializadas passaram de 441 para 620.
Polícia de SP conclui inquérito e não indicia Neymar por estupro e agressão
Delegada concluiu inquérito na tarde desta segunda. MP tem 15 dias para oferecer denúncia, pedir arquivamento ou novas diligências.
A delegada Juliana Lopes Bussacos, titular da 6ª Delegacia de Defesa da Mulher, concluiu na tarde desta segunda-feira (29) o inquérito que apurava as acusações de estupro e agressão feitas pela modelo Najila de Souza contra Neymar. A polícia decidiu não indiciar o jogador de futebol pelos supostos crimes.
As promotoras do Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica (Gevid) podem oferecer denúncia (acusação formal à Justiça), pedir o arquivamento do inquérito ou novas diligências. O Ministério Público tem 15 dias para se manifestar.
No começo do mês, a Justiça acolheu pedido da delegada e autorizou a prorrogação do inquérito por até 30 dias para que diligências complementares pudessem ser feitas.
A delegada solicitou o acesso às imagens das câmeras de segurança do hotel em Paris, na França, onde supostamente teria ocorrido os crimes, e o prontuário médico do ginecologista particular de Najila.
O Ministério Público pediu as cópias do inquéritos de extorsão, do que apura o suposto furto no apartamento de Najila e sobre divulgação de imagens íntimas da mulher, em apuração no Rio de Janeiro
As cópias dos inquéritos chegaram e foram anexadas à investigação de estupro. Já as imagens e o prontuário médico não chegaram, porém, a delegada decidiu encerrar a investigação mesmo assim.
Cronologia do caso:
Início de maio
- Najila mantém contato via rede social com Neymar e ambos passam a se corresponder
- Eles acertam a ida de Najila a Paris, com passagem paga pelo jogador
15 de maio
- Neymar e Najila se encontram num hotel em Paris, onde ela estava hospedada;
- Neste dia, segundo a modelo, ela foi vítima de agressão e de estupro.
16 de maio
- Os dois voltam a se falar por um aplicativo de mensagens. Ela diz que quer ver o jogador de novo. Neymar diz: “Claro que eu quero transar com você de novo”.
- O jogador vai de novo ao hotel em que Najila está. Um vídeo mostra a modelo agredindo o jogador a tapas no quarto. O vídeo é interrompido sem mostrar o desfecho da cena;
- Neymar deixa o hotel. Mais tarde, os dois trocam mensagens por uma rede social: a modelo envia uma foto com marcas no corpo dela. Neymar responde dizendo que ela havia sido culpada pelas marcas. “Tá doido?”, questionou a modelo, afirmando que pediu para o jogador e que Neymar chegou a pedir desculpas a ela;
21 de maio
- Já de volta ao Brasil, Najila se submete a um exame com o médico Luiz Eduardo Rossi Campedelli. O laudo aponta hematomas, arranhões nos glúteos, transtorno ansioso e depressivo e traumatismos superficiais não especificados;
31 de maio
- A modelo registra ocorrência de estupro em uma delegacia de São Paulo;
1º de junho
- O caso vem a público. O pai do jogador diz que o atleta é vítima de uma tentativa de extorsão; o advogado que representava Najila na ocasião nega.
2 de junho
- Neymar grava um vídeo em que diz que a relação dos dois foi consentida. “Foi uma relação entre homem e mulher, dentro de quatro paredes, algo que acontece com todo casal (…) Agora fui pego de surpresa por causa disso.”
3 de junho
- Escritório de advocacia contratado pela mulher que acusa o jogador Neymar de estupro rescindiu o contrato com a clientealegando que ela havia relatado para os advogados que havia sofrido uma agressão, mas não mencionou estupro.
5 de junho
- Em entrevista, a modelo disse que se recusou a manter relação sexual com o jogador porque não havia preservativo; segundo ela, ele a virou e bateu violentamente nas nádegas dela;
6 de junho
- Neymar depõe em uma delegacia do Rio. Na saída, agradece pelo apoio. “Me senti muito amado.”
7 de junho
- Najila presta depoimento em delegacia de SP sobre acusação contra Neymar e diz que vídeo com Neymar estava em tablet que foi furtado.
10 de junho
12 de junho
- Estivens Alves, ex-marido de Najila Trindade Mendes de Souza, presta depoimento na 6ª Delegacia de Defesa da Mulher em Santo Amaro, na Zona Sul de São Paulo. Segundo o advogado dele, Estivens vai falar sobre a visita que fez ao apartamento de Najila para retirar o tablet e o notebook do filho do casal.
13 de junho
18 de junho
19 de junho
28 de junho
- Amiga da modelo, Yasmin Abdalla presta depoimento para esclarecer como se deu o sumiço do celular de Najila que teria sido usado para gravar o segundo encontro com Neymar em Paris.
1º de julho
- Polícia pede mais prazo para investigar caso em que Neymar é acusado de estupro.
11 de julho
12 de julho
Com Informações Por Bruno Tavares, TV Globo e G1 SP
Pará | Massacre em presídio é um dos maiores desde Carandiru
Um confronto entre facções criminosas dentro do Centro de Recuperação Regional de Altamira, no Pará, nesta segunda-feira (29) deixou 57 detentos mortos. Este é um dos maiores massacres em presídios desde o ocorrido no Carandiru, em 1992. Na época, 111 detentos foram mortos na Casa de Detenção, na Zona Norte de São Paulo. Em Altamira, nesta segunda-feira (29), líderes do Comando Classe A (CCA) incendiaram cela onde estavam internos do Comando Vermelho (CV). De acordo com a Susipe, 41 morreram asfixiados e 16 foram decapitados.
O Gabinete de Gestão da Segurança Pública determinou a transferência imediata de 46 presos envolvidos no confronto. Entre os presos para transferência estão 16 detentos que foram identificados como líderes das facções criminosas. Dez deles irão para o regime federal. Os demais presos serão redistribuídos pelos presídios no Pará.
Massacre em Manaus
Em maio de 2019, 55 presos foram mortos em dois dias dentro de quatro unidades penitenciárias em Manaus, segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap). Os primeiros assassinatos ocorreram no Compaj – o mesmo local do massacre de 2017 – durante a visitação a presos. Familiares presenciaram algumas das mortes, mas, segundo a Seap, não foram feitos reféns.
Em 2017, 56 presos foram assassinados em uma rebelião que durou 17 horas. Os mortos eram integrantes de uma facção criminosa que cumpriam pena por estupro.
Penitenciária de Alcaçuz
Vinte e seis presos morreram na rebelião da Penitenciária de Alcaçuz em 2017. Esta foi considerada a mais violenta da história do Rio Grande do Norte. Quase todos foram decapitados. Na ocasião, os integrantes do Sindicato do RN, a mais numerosa organização criminosa do estado, entrou em confronto com o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Penitenciária Agrícola de Monte Cristo
No começo de 2017, 33 presos da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Roraima, foram mortos em rebelião. O secretário de Justiça e Cidadania de Roraima, Uziel Castro, na época, disse que os corpos dos presos mortos na penitenciária foram "destroçados" e diversos decapitados. "Eram três, quatro [pessoas] matando um só. Uns atacavam o pescoço, outros o corpo. Estavam com faca, ferros. Os que matavam recebiam, por telefone, ordens dos chefes sobre quem deveria morrer. Eram colegas de cela, que conviviam todos os dias, que matavam os outros. Teve muito grito de desespero", contou o ex-detento, Márcio*, ao G1.
Massacre do Carandiru
O Massacre do Carandiru, como ficou conhecida a ação da Polícia Militar (PM) para controlar uma rebelião no pavilhão 9 da Casa de Detenção, na Zona Norte de São Paulo, aconteceu no dia 2 de outubro de 1992 e deixou 111 presos mortos. Uma briga entre grupos rivais de presos deu início à rebelião. O então comandante da Tropa de Choque da Polícia Militar (PM), coronel Ubiratan Guimarães, entrou na casa de detenção com seus comandados armados com fuzis, metralhadoras e revólveres para, em tese, controlar a situação. Setenta e quatro policiais militares chegaram a ser considerados culpados, em primeira instância, pelas mortes de 77 das vítimas (os outros 34 presidiários teriam sido mortos pelos próprios colegas de celas). Em 2016, porém, a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo anulou os julgamentos dos policiais condenados.
Casa de Custódia de Benfica
Uma rebelião deixou 30 mortos na Casa de Custódia de Benfica, no Rio de Janeiro, em 2004. O movimento começou após uma tentativa de fuga em massa. Ao menos 14 prisioneiros fugiram e três foram resgatados. Os internos que não conseguiram fugir começaram a rebelião, tomando como reféns 26 pessoas, entre agentes penitenciários e policiais reformados que integravam uma cooperativa de vigilância. Os reféns foram liberados aos poucos.
Presídio de Urso Branco
O motim ocorreu no primeiro dia do ano de 2002, no que seria a maior e mais sangrenta rebelião registrada no Urso Branco, em Rondônia. Os presos de alguns pavilhões começaram a assassinar internos do chamado "Seguro", onde ficavam os que eram ameaçados de morte. Eles viraram reféns e foram registradas cenas de horror - presos eram mortos a golpes de chuchos (armas artesanais) e tinham cabeças e outras partes do corpo decepadas. Ao todo, 27 homens morreram.
Complexo Penitenciário de Pedrinhas
Uma rebelião deixou 18 mortos no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, no Maranhão, em 2010. Os cinco funcionários do sistema penitenciário passaram quase 30 horas em poder dos detentos. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária, a rebelião começou por descuido de um agente. "Eles estavam retirando o pessoal da cela e na hora o agente virou, não prestou atenção, ele avançou no agente e tomou a arma", disse João Bispo Serejo, secretário adjunto de Administração Penitenciária. Depois de mais de um dia de motim, os rebelados pediram as presenças de uma juíza e de um religioso e, em seguida, entregaram as armas.
Ilha Anchieta, em Ubatuba
Mesmo tendo sido antes do Massacre de Carandiru, a matança ocorrida durante uma rebelião na Ilha Anchieta, em Ubatuba (SP), em 1952, marcou a história dos motins nos presídios brasileiros. A revolta na Ilha Anchieta, que era conhecida como a "Alcatraz brasileira" em referência à famosa prisão americana que ficava em uma ilha, deixou diversos mortos. Segundo levantamento do Ministério da Justiça, 16 pessoas, entre guardas e presos, morreram, mas boatos e jornais da época chegaram a falar em mais de 100 detentos mortos, número nunca confirmado oficialmente. A rebelião foi arquitetada durante um ano por um dos detentos. Os presos dominaram os funcionários da prisão e iniciaram a revolta, tomando o arsenal da polícia que ficava no local. O grupo planejava fugir da ilha, mas o motim saiu do controle.
*As informações são do site G1
Jovem de 19 anos é morta na Bahia, namorado confessa e diz que esganou vítima durante ato sexual
Uma jovem de 19 anos foi morta na noite de domingo (28), na cidade de Itagi, no sul da Bahia. De acordo com a Polícia Civil de Ipiaú, onde o caso foi registrado, o namorado da vítima, um rapaz de 21 anos, confessou que matou a companheira durante ato sexual.
Conforme a polícia, o crime ocorreu por volta das 23h, na Rua Geraldo Chagas, no bairro Baixa da Colina, na casa onde a jovem morava com o namorado e a família dele. A vítima, de prenome Adriele, teria passado o domingo em casa com o namorado, identificado como Joseph Antuann Santos Torres, além da cunhada e sogro.
De acordo com a polícia, inicialmente, Joseph negou envolvimento com o caso mas, em seguida, confessou que matou a vítima durante a relação sexual. Ele alegou, contudo, que a morte da jovem teria sido acidental, e que o casal tinha costume de praticar violência mútua durante o sexo, em comum acordo.
Segundo o suspeito, durante a relação, ele esganou e bateu na vítima. Em determinado momento, ela ficou desacordada e morreu em seguida.
A família do suspeito, ao encontrar Adriele morta, acionou a Polícia Militar, que entrou em contato com o plantão da Polícia Civil de Ipiaú. A polícia investiga o caso como feminícidio. Testemunhas e o suspeito foram conduzidos à delegacia.
A polícia informou que já foi efetuado o levantamento cadavérico, e que, além do suspeito, algumas testemunhas foram ouvidas. A guia para perícia de local de crime e necropsia do corpo também já foi expedida.
O corpo de Adriele foi encaminhado para o IML de Ipiaú. Não há detalhes sobre o sepultamento dela. Já Joseph Antuann segue preso, à disposição da Justiça.
Do G1/BA
Funcionário da Globo é morto e cinco pessoas são feridas em ataque de morador de rua
Foto: reprodução/redes sociais
Um funcionário da Rede Globo e um personal trainer foram mortos após serem atacados a facadas por um morador de rua, no bairro do Humaitá, na zona sul do Rio de Janeiro. Durante o ataque, outras cinco pessoas ficaram feridas. O suspeito, de 44 anos, teria esfaqueado ao menos três pessoas após um surto, no domingo (28).
O engenheiro da Globo, João Napoli, de 39 anos, e a namorada dele, Caroline Martinho, 30, foram feridos pelo homem. Durante a confusão, o personal, Marcelo Henrique Corrêa Cisneiros Reis, 39, tentou ajudar as vítimas ao lado de outras pessoas que prestavam socorro a João, que estava caído, quando também foi golpeado. João e Marcelo não resistiram. O engenheiro e a namorada iriam se casar em 16 de agosto.
Ao chegar ao local para socorrer as vítimas, a ambulância do Corpo de Bombeiros foi alvo de tiros, não há informações se a arma pertencia ao agressor. A cabo enfermeira Girlane Sena foi baleada na perna e o capitão médico Fábio Raia, atingido por estilhaços. Em seguida, eles foram socorridos para o Hospital dos Bombeiros e passam bem. Um polícia militar também foi baleado.
Para conter o suspeito, que se recusou a entregar a faca, agentes da Polícia Militar atiraram contra o homem, que foi internado no Hospital Miguel Couto, na Gávea. Não há informações sobre o estado de saúde dele.
Via Varela Notícias
segunda-feira, 29 de julho de 2019
URGENTE Faltam 43 mil caminhoneiros na França – Candidatos escolhem caminhões e até salários
As transportadoras da França chegaram ao limite. Segundo reportagem veiculada pelo portal The World News, as agências de emprego não conseguem mais candidatos interessados na profissão de motorista. Estudos recentes dizem que o país precisa, imediatamente, de 43 mil caminhoneiros para suprir a demanda atual. Pelo menos 50% das transportadoras enfrentam o problema.
O problema só se agrava, já que não há interesse dos jovens e a maioria dos caminhoneiros franceses tem mais de 50 anos de idade. O problema está se tornando tão sério, que diversas empresa têm caminhões parados por falta de motoristas.
A falta de mão de obra inverteu alguns papéis. Antes, as empresas faziam exigências que os candidatos tinham que cumprir. Hoje, são os poucos interessados na profissão que exigem das empresas uma série de coisas, como salários altos, caminhões novos, e até dormir em casa todas as noites.
E muitas empresas tem aceitado os termos, para que possam manter seus caminhões na estrada.
O maior problema dos países conhecidos como primeiro mundo, é que poucos se interessam por uma profissão tão desgastante, com carga horária tão alta e com salários considerados muito baixos.
Toda a Europa, Estados Unidos, Canadá, Japão e outros países estão trabalhando fortemente para manter o interesse dos jovens nos caminhões, já que o sistema de transporte rodoviário é o que movimenta a economia de praticamente todo o mundo. Apesar disso, a falta de caminhoneiros pelo mundo só deve se agravar.
FONTE - https://blogdocaminhoneiro.com/2019/07/faltam-43-mil-caminhoneiros-na-franca-candidatos-escolhem-caminhoes-e-ate-salarios/
EM MAIS NOVO Diálogos: Moro achou delação de Palocci sobre Lula ‘difícil de provar’
Denúncias foram divulgadas pela Lava Jato pouco antes do primeiro turno das eleições de 2018; procurador comentou no Telegram sobre impressões de Moro.
Mensagens trocadas por procuradores da Lava Jato pelo aplicativo Telegram sugerem que Sergio Moro considerou “difícil de provar” a delação do ex-ministro Antonio Paloccisobre supostos crimes cometidos pelos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. As denúncias em questão foram divulgadas por Moro no dia 1º de outubro de 2018, a seis dias do primeiro turno das eleições presidenciais. Na época, o então juiz foi acusado por partidários do petista Fernando Haddad de querer prejudicar sua candidatura.
Em diálogo obtido pelo site The Intercept e divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo nesta segunda-feira 29, o procurador Paulo Roberto Galvão comenta sobre a delação com colegas da força-tarefa da Lava Jato.
Russo comentou que embora seja difícil provar ele [o depoimento de Palocci] é o único que quebrou a omerta petista”, disse Galvão em 25 de setembro de 2018, tratando Moro pelo apelido usado dentro do grupo e associando os petistas à Omertá, o código de honra da máfia italiana. As mensagens são reproduzidas literalmente como foram enviadas no Telegram e publicadas pela Folha de S. Paulo, mantendo eventuais equívocos linguísticos.
Na conversa, outros membros da operação consideram difíceis de serem provadas as denúncias de Palocci. “Não só é difícil provar, como é impossível extrair algo da delação dele”, escreveu a procuradora Laura Tessler. “O melhor é que [Palocci] fala até daquilo que ele acha que pode ser que talvez seja”, declarou Antônio Carlos Welter.
O depoimento de Palocci foi tomado pela polícia em abril de 2018. Nele, o ex-ministro de governos petistas disse que Lula sabia do recolhimento de propina envolvendo empreiteiras, a Petrobras e partidos políticos. Também afirmou que as campanhas de Dilma Rousseff foram superfaturadas e receberam dinheiro de caixa dois.
Procurados pela Folha de S. Paulo, o Ministério da Justiça e a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba defenderam a validade da delação de Palocci e levantaram dúvidas sobre a autenticidade das mensagens envolvendo procuradores.
FONTE - https://veja.abril.com.br/politica/dialogos-moro-achou-delacao-de-palocci-sobre-lula-dificil-de-provar/
Estudante de 21 anos movimentou R$ 3,3 milhões em contas para Máfia da Fronteira
A Justiça Federal manteve a prisão preventiva do estudante Kaique Mendonça Mendes, acusado de ser laranja da Máfia da Fronteira, chefiada pelo subtenente Silvio Cezar Molina Azevedo, 47 anos, da Polícia Militar. Com apenas 21 anos de idade, ele teria movimentado R$ 3,374 milhões em suas contas bancárias para a organização criminosa, conforme despacho do juiz Bruno Cezar da Cunha Teixeira, da 3ª Vara Federal de Campo Grande, publicado nesta segunda-feira (29).
Na Operação Laços de Família, a Polícia Federal rastreou o dinheiro e conseguiu identificar depósitos e transferências feitas nas contas corrente e poupança de Kaique entre 2014 e 2015. Na época, conforme os autos, ele não trabalhava e era “mero laranja” do grupo.
Os depósitos foram feitos em cidades do Espírito Santo e Bahia. Os autores eram outros laranjas, como pedreiro, que repassou R$ 103,4 mil, ou frentista de 23 anos, com depósito de R$ 117 mil. Mulas do tráfico, que foram presos com pequenas quantidades de drogas, também efetuaram depósitos. Os policiais não conseguiram identificar a origem de R$ 1,072 milhão.
Já os débitos identificados tinham como destinatário a família do subtenente e os integrantes da suposta organização criminosa, que dava respaldo para o PCC (Primeiro Comando da Capital) na fronteira de Mato Grosso do Sul na fronteira com o Paraguai. A PF não conseguiu descobrir o destino de R$ 1,757 milhão.
A defesa de Kaique pediu a revogação da prisão preventiva, decretada em junho do ano passado, porque as testemunhas de defesa já foram ouvidas no julgamento, que começou no dia 24 do mês passado. Ele alegou ser “mero laranja”, ter ocupação lícita, possuir residência fixa e registrar bons antecedentes.
O Ministério Público Federal foi contra a concessão de habeas corpus. O órgão argumentou que o jovem auxiliava na operacionalização das atividades ilícitas e teve pedido negado pela 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região.
“É insuficiente, portanto, ao menos neste momento, em que a instrução foi iniciada, inclusive, no aguardo de designação de audiência para oitiva de testemunhas de defesa – do que os réus fazem questão de acompanhar mesmo não sendo testemunhas suas -, a substituição da prisão preventiva do requerente por qualquer das medidas cautelares prescritas no art. 319 do CPP, em razão do risco grave à aplicação da lei penal e à ordem pública, que estão evidenciados em concreto, já não em abstrato ou em caráter meditativo”, anotaram os desembargadores no julgamento do mérito do habeas corpus no dia 29 de maio deste ano.
O juiz Bruno Cezar descreveu toda a movimentação financeira do jovem, denunciado por associação para o tráfico transnacional e lavagem de dinheiro. Ele destacou ainda o fato da residência ficar na divisa com o Paraguai, onde o grupo criminoso possui boa estrutura.
“É de se considerar suficientemente fundamentada a decisão acima, a qual se baseou em elementos concretos dos autos, demonstrando que o paciente não atuou apenas como ‘laranja’ ao emprestar sua conta corrente para as movimentações financeiras no interesse do esquema delitivo, mas também como verdadeiro agente operacional ao realizar diversas transferências a outros membros do grupo, sendo descabido o pedido de liberdade formulado no presente writ”, justificou-se para negar o pedido de substituição da prisão por outras medidas cautelares.
Os réus da organização criminosa começaram a ser julgados no dia 24 de junho deste ano. A principal novidade é a homologação da delação premiada por um dos integrantes. O subtenente tentou usar a colaboração para zerar as fases do processo e postergar o julgamento, mas o pedido foi negado pela Justiça.
FONTE -
https://www.ojacare.com.br/2019/07/29/estudante-de-21-anos-movimentou-r-33-milhoes-em-contas-para-mafia-da-fronteira/#.XT76_X4AlY4.whatsapp
domingo, 28 de julho de 2019
O conteúdo das mensagens é ruim para os envolvidos, diz juiz federal
Juiz federal do TRF-4, Jorge Antonio Maurique diz que, apesar de a PF indicar que as mensagens fruto de invasões de celular“se verdadeiro, o conteúdo vazado é muito ruim para os envolvidos”. “Impressiona que não haja indignação no mundojurídico com o conteúdo, e sim com a forma. Veja que o conteúdo não foi contestado expressamente pelos envolvidos”, diz Maurique. “Por causa de mensagens vazadas a jornalistas, o governador de Porto Rico acaba de renunciar. Lá, só importou o conteúdo.” Já o governador Flávio Dino (PC do B-MA) diz que “parte diretamente interessada não deveria nem opinar sobre o assunto. “Muito menoscomunicar autoridades. Realmente o Direito no Brasil virou coisa bem esquisita”.
Fonte - http://adelsonveras.com.br/o-conteudo-das-mensagens-e-ruim-para-os-envolvidos-diz-juiz-federal/
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